segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cacicados Complexos

Odeio essa sociedade que me cerca, como a vejo e a medida que a percebo. Com todas as suas desigualdades e injustiças. Odeio essa mídia, aliada das "elites", que rouba  a consciência da maioria da população, a mais essencial pro funcionamento da sociedade, porém a mais sacaneada.  Procuro não julgar as pessoas, as percebo como atores sociais, cada uma com suas funções atribuídas, alguns conscientes de suas funções, a grande maioria não.

Ninguém é perfeito, muito pelo contrário, estamos engatinhando ainda como seres humanos. Tenho muitas fraquezas e imperfeições, a medida que as percebo, tento corrigí-las, no dia a dia. É um trabalho interminável. Sempre gostei do contato com as pessoas, principalmente as mais pobres, ali geralmente tem muita sabedoria. Nunca fui aluno exemplar, nota pra mim era o que menos interessava, passava "raspando". Porém buscava observar as reações de professores, coordenadores, mas sem ter muita convicção de nada. Mal saberia que isso se estenderia pra fora, pra uma análise mais profunda e social.. Hoje, digo hoje, sinto muita raiva de pensamentos e opiniões superficiais sobre a sociedade que percebo e m minha volta e as injustiças com a maioria sabotada desde cedo.

Até 89 o PT era esperança para milhares de brasileiros de uma real mudança no cenário político. Lembro de ser levado a um comício do Lula na praça da polícia no mesmo ano e sentir algo diferente nas pessoas, a fé de milhares de brasileiros estava depositadas naquelas eleições. Percebia a expectativa principalmente da minha mãe por tais mudanças. Mas quem entrou foi o Collor, a mídia sabotou a campanha do lula por inteiro. Era inevitável a derrota. A mesma mídia que mostrou como aniversário de São Paulo milhares de pessoas na ruas exigindo as "diretas já". Uma vergonha essa mídia dominante. Eis que veio, itamar, fhc (duas vezes) e depois foi a vez do pt,  que seguiu o que já estava sendo feito nas gestões anteriores. Nada mudaria. A decepção estampada na cara da minha mãe. Acho que no fundo ela acreditou ver seus filhos crescendo em um país menos desigual e injusto.

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